O Ministro do Turismo, Celso Sabino, avalia a possibilidade de propor regulação ao mercado de milhas, enquanto discute os desdobramentos da crise envolvendo a empresa 123 Milhas. Sabino afirma que o setor não enfrenta um risco sistêmico, mas salienta que a análise da segurança do modelo de negócios da empresa está em andamento.
A atenção se concentra em determinar se a situação da 123 Milhas é um caso isolado ou se há necessidade de medidas regulatórias para garantir a segurança e tranquilidade dos consumidores.
Em declarações após um encontro com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília, o ministro revela que a análise do governo pode levar a duas conclusões: a primeira, de que o modelo de operação é seguro e viável; a segunda, de que podem ser necessárias ações conjuntas com o Congresso Nacional para proteger os interesses dos consumidores.
Questionado sobre a possibilidade de um marco regulatório, Sabino destaca que a sociedade passa por constantes transformações, o que pode moldar a necessidade de regulamentações futuras.
A crítica ao modelo da 123 Milhas não é nova. Em março, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, já apontava questões relacionadas à empresa.
Agora, o debate ganha nova dimensão, pois envolve o potencial de regulação de um mercado que estimulou a atividade turística no país, permitindo que muitos brasileiros desfrutassem de viagens a preços acessíveis.
Enquanto os desafios da 123 Milhas são tratados, o governo procura equilibrar os benefícios do sistema de milhas com a necessidade de salvaguardar os interesses dos viajantes.